
Briga de torcidas deixa feridos e transforma ruas do Recife em cenário de guerra
No sábado, 1º de fevereiro de 2025, confrontos violentos entre torcedores de Santa Cruz e Sport transformaram as ruas do Recife e de cidades vizinhas em cenários de guerra. Antes do clássico conhecido como “Clássico das Multidões”, pelo Campeonato Pernambucano, ao menos 12 pessoas ficaram feridas, das quais três foram internadas no Hospital da Restauração, no centro da cidade. A Polícia Civil informou que 14 indivíduos foram detidos em diferentes bairros do Recife devido às brigas. Em Paulista, na Região Metropolitana, três pessoas foram detidas por tentativa de invasão a um terminal de ônibus, enquanto no Cabo de Santo Agostinho, outras três foram presas em flagrante após um confronto que envolveu o uso de explosivos. Vídeos compartilhados nas redes sociais e enviados à TV Globo mostram agressões brutais, uso de explosivos, depredações e até saques.
Em uma das gravações, um homem é cercado e espancado por torcedores do Santa Cruz, que o despem e o agridem com socos e pontapés. Um motociclista chega a lançar sua moto sobre a vítima, que está caída no chão. As imagens também revelam que os agressores cometeram violência sexual contra o homem. Apesar dos episódios de violência, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, decidiu manter a realização da partida, argumentando que o cancelamento poderia intensificar os conflitos. O jogo ocorreu no Estádio do Arruda, onde o Santa Cruz venceu o Sport por 1 a 0. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, afirmou estar acompanhando o trabalho das forças de segurança e anunciou que se reunirá com representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público para tratar do caso. O prefeito do Recife, João Campos, também se manifestou, enfatizando a necessidade de identificação e punição severa dos responsáveis pelos atos de violência. As autoridades reforçaram o compromisso de investigar os incidentes e responsabilizar os envolvidos, destacando que o futebol não deve ser utilizado como pretexto para a prática de violência.